História da mulher na computação

ADA LOVELACE

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Uma das precursoras das ciências da computação, seu trabalho estava relacionado à metodologia de cálculo de uma sequência de números de Bernoulli, sequências de racionais com operações altamente complexas. O único problema encontrado por Lovelace, na época, é que ela simplesmente não possuía o maquinário necessário para colocar seus estudos à prova. Seu algoritmo, entretanto, foi provado como correto anos depois de seu falecimento.

GRACE HOPPER

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Primeira mulher a se formar PhD em matemática, além de ter sido a primeira almirante da marinha dos EUA. No campo da tecnologia, ela foi uma das criadoras do COBOL. Sua história mais famosa é a que remonta à popularização do termo “bug” para indicar problemas em software. Hopper também criou linguagens de programação para o UNIVAC, o primeiro computador comercial fabricado nos Estados Unidos. “É mais fácil pedir perdão do que permissão”, dizia ela.

IRMÃ MARY KENNETH KELLER

irma mary

Considerada a primeira mulher a receber um doutorado em ciências da computação, ela trabalhava em oficinas de informática enquanto a indústria ainda era menos do que incipiente. Sua contribuição foi fundamental na criação da linguagem de programação BASIC, criada com fins didáticos e utilizada por décadas. Ela enxergou desde cedo o potencial dos computadores como uma ferramenta educacional e voltada para o desenvolvimento humano, tanto que sempre trabalhou na área do ensino, fundando um departamento de ciências da computação, o qual permaneceu dirigindo até seu falecimento. Ela também foi uma das primeiras vozes pela inclusão das mulheres no ramo da informática.

JEAN SAMMET

Sammet foi a criadora de uma das primeiras linguagens computadorizadas existentes. O FORMAC era utilizado para manipular fórmulas matemáticas e auxiliar em cálculos complexos. Por causa de seus conhecimentos em matemática e informática, ela trabalhou durante 27 anos na IBM, que por muito tempo foi a empresa símbolo dessa indústria em todo o mundo. Ela também teve influência importante na criação do COBOL e participou de diversas entidades voltadas à inclusão das mulheres na indústria da tecnologia. Sammet também presidiu a ACM (Associação para Maquinaria de Computação, na tradução do inglês), uma iniciativa voltada para o uso da informática em projetos científicos e educacionais.

KAREN SPARCK JONES

Jones realizou um trabalho focado em processamento de linguagem. Ela foi uma das criadoras do conceito de “inverso da frequência em documentos”, a base do que hoje são os sistemas de busca e localização de conteúdo e a pedra fundamental de companhias como a Google. Trata-se de um sistema de recuperação de informações que minera de forma extremamente veloz os dados em um conjunto de documentos. É o que define, de forma básica, se uma página, por exemplo, está falando sobre a influência das mulheres no mundo da tecnologia ou se apenas cita as palavras “mulheres” e “tecnologia”, mas em contextos completamente diferentes. Se dedicou a vida toda à causas de inclusão das mulheres no mundo da tecnologia até seu falecimento, em 2007.

CAROL SHAW

Citada como a primeira mulher a trabalhar na indústria dos games, ela foi uma das funcionárias originais da Atari. Foi contratada rapidamente pela Activision e participou do desenvolvimento de um dos maiores clássicos dos games, River Raid. Seu cartão de visitas a atribuía a função de “engenheira de software para microprocessadores”, o que significava que ela atuava também nos sistemas do próprio console. E trabalhando com uma máquina com apenas 128 bytes de memória RAM, ela foi a responsável por criar o primeiro sistema de geração procedural de conteúdo, o que significava que, em River Raid, uma fase nunca era igual à outra. Oponentes, itens e objetos do cenário apareciam de forma randômica, em uma prática que é utilizada até hoje.

ROBERTA WILLIAMS

Ela, ao lado de seu marido, Ken, foi a fundadora da On-Line Systems, que mais tarde, se tornaria a Sierra, um dos maiores nomes da indústria de jogos eletrônicos. A história de Roberta com os games começa quando ela foi apresentada, pelo marido, a Adventure, um game de aventura baseado unicamente em texto. Até hoje citado por ela como um de seus preferidos, o título a levou a pensar que os games poderiam ter um incrível potencial visual, o que a levou a desenvolver, ao lado do marido, Mistery House.

RADIA PERLMAN

Se Tim Berners-Lee é o pai da internet, Radia Perlman pode ser considerada como a mãe. Designer de software e engenheira de redes, ela foi a responsável pela criação do protocolo STP (Spanning Tree Protocol), que melhorou a performance de sistemas conectados ao evitar a realização de loops de dados, garantindo que as informações trafegam mesmo em caso de problemas, sem ficarem perdidas tentando firmar uma conexão inexistente. O protocolo de Perlman permite que os dados saibam que aquele é o caminho mais rápido para chegar ao destino. Caso algo dê errado, ele também permite mensurar qual é o segundo melhor, e assim por diante. Ela também é uma das pioneiras no ensino de programação e arquiteturas de redes para crianças, além de ter sido uma das criadoras do TORTIS, uma linguagem de programação com fins também educacionais, só que de robótica. Ela também foi a responsável por diversos protocolos de segurança de rede e, hoje, trabalha na Intel, além de ser dona de mais de 50 patentes relacionadas a tecnologias de conexão.

FRANCES ALLEN

A primeira mulher a ganhar o prestigiado Turing Award, Allen trabalhou durante 45 anos na IBM, onde esteve no centro de muitos dos avanços da computação e, principalmente, na chegada dessas máquinas às casas das pessoas comuns. É dela, por exemplo, algumas das principais bases de sistemas de otimização de código e paralelização, permitindo que softwares avançados rodassem de maneira melhor até mesmo nos computadores mais fracos. Além disso, seu conhecimento em programação a levou a criar alguns dos primeiros sistemas de segurança da NSA, a agência de segurança nacional do governo dos EUA.

EDITH CLARKE

Edith Clarke formou-se em matemática e astronomia e depois estudou Engenharia Civil. Interrompeu os estudos para trabalhar como computador humano, mas sua paixão falou mais alto: em 1919 tornou-se a primeira mulher a conquistar um Mestrado no Departamento de Engenharia Elétrica e Ciência da Computação do MIT, tornando-se a primeira engenheira elétrica do país (EUA). Dois anos depois registrou sua primeira patente: uma calculadora gráfica, que melhorava os métodos para solucionar problemas de transmissão de energia elétrica. Quando se aposentou, era professora da Universidade do Texas, onde foi a primeira mulher a ensinar engenharia. Em 2015 passou a integrar o National Inventors Hall of Fame.

REFERÊNCIAS

  • CANALTECH. As dez mulheres mais importantes da história da tecnologia. Disponível em: https://canaltech.com.br/internet/as-dez-mulheres-mais-importantes-da-historia-da-tecnologia-59485/. Acesso em: 23 mai. 2019.
  • GPJ INFORMÁTICA. As Mulheres Na História Da Computação. Disponível em: https://gpjinformatica.wordpress.com/2018/04/12/as-mulheres-na-historia-da-computacao/. Acesso em: 23 mai. 2019.
  • MULHERES NA COMPUTAÇÃO. Mulheres na Computação. Disponível em: https://mulheresnacomputacao.com. Acesso em: 23 mai. 2019.
  • PROGRAMARIA. Mulheres que fizeram história na tecnologia. Disponível em: https://www.programaria.org/mulheres-que-fizeram-historia-na-tecnologia/. Acesso em: 23 mai. 2019.