Elas.net

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Por que há tão poucas mulheres na Computação? Essa é uma questão que tem ganhando cada vez mais atenção e está no contexto da igualdade de gênero, considerada pela Organização da Nações Unidas como um dos pilares para mudança do mundo. No início da Ciência Computação, boa parte dos profissionais era de mulheres. Ao longo dos anos, essa realidade se inverteu drasticamente. No Brasil, apenas 20% dos técnicos em Computação e 10% dos profissionais de nível superior são mulheres. A quantidade de mulheres que ingressam em cursos da área tem se reduzido cada vez mais. Várias são as razões apontadas para isso, entre elas, a pouca ou a falta de interação de meninas com tecnologias e as dificuldades enfrentadas por mulheres no mercado de trabalho, tais como discriminação, salários baixos comparados aos dos homens e empecilhos socioculturais para progressão na carreira.O projeto Elas.net tem por objetivo fomentar e apoiar a participação de mulheres em cursos de graduação de Computação. Especificamente, o projeto visa disseminar e popularizar conhecimento básico geral e técnico de Computação entre alunas do ensino fundamental e médio de escolas públicas da região metropolitana de Belo Horizonte-MG, bem como realizar ações para apoiar e incentivar a permanência de alunas dos cursos técnicos e de graduação em Computação do CEFET-MG.

A ideia da realização de um projeto para o incentivo da participação das alunas nos cursos de Computação surgiu das experiências pessoais e profissionais das proponentes do projeto. A Profª Kecia, coordenadora do projeto, é egressa de escola pública e já atuou no mercado de trabalho, tendo atravessado, assim como boa parte da população feminina, muitos obstáculos na carreira. Ela foi coordenadora do curso de Engenharia de Computação do CEFET-MG e é chefe do Departamento de Computação atualmente. Ao longo desse tempo, com o contato com os alunos, pode observar que há pouquíssimas alunas no curso de Engenharia de Computação, boa parte delas têm um rendimento escolar muito bom, mas os preconceitos têm um impacto negativo muito grande no desenvolvimento de muitas alunas e gera receio e ansiedade em relação ao mercado de trabalho. Ela pode observar também que a presença de referência feminina dentre os professores é essencial para as alunas. A partir disso, ela e a Profª Glívia têm realizado juntas ações no âmbito do Departamento de Computação do CEFET-MG para apoio e incentivo às alunas dos cursos técnico e de graduação do departamento. Elas idealizaram, então, a criação de uma espécie de rede de apoio entre mulheres no DECOM que passa, inicialmente, por incentivar alunas a fazerem cursos de Computação e, depois, por ajudá-las a concluir seus cursos e ingressarem no mercado de trabalho. O projeto proposto visa contribuir para isso.

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